quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Sobrevivente

Cada dia a mais, ou a menos, cá estou... Punhos e mais punhos fechados de cabelo caindo, brigando com meu peso (não que se compare ao Faustão, em meados não muito longínquos de seu corpo rechonchudo) visto que esse no ultimo ano foi um fator bem instável de mudanças, chegando a extremos (sim pra mim foram extremos, e claro minha visão deturpada pode influenciar nesta alegação). Atualmente sempre doente, e eu ate cansei de responder que minha saúde ta ótima, eu digo “meu to acabada” num tom de auto-zombar, mas sarcasticamente é sincero Oo.
Eu to escrevendo este texto porque a ultima semana foi muito bizarra, problemas ginecológicos provindos de nervoso, o fator cabelo que já disse, torcicolo gay que surgiu, chororo, e tensão ao mesmo tempo, falta de vontade de toda e qualquer coisa (sim coloco ai na lista, internet, e ate mesmo as coisas que eu curto fazer). Não foi só esta semana, a questão é que, mesmo que eu não possa dizer que esta seja a justificativa, explica parcialmente tudo. Eu sou uma fraca retardada que teve dias difíceis e fico tentando dizer que era forte a beça...
Okay, eu posso estar sendo dura comigo, mas eu tive oscilações enormes de sentimentos, porem não é todo mundo que sobrevive a isso, ou no mínimo não saia bem machucado.
To tentando desabafar, e isso é difícil, visto que nem com pessoas bem próximas eu consegui. Esbocei várias maneiras de começar a falar, ou de me entender com quem eu considerava próximo e vejo que não é mais. Questionei várias coisas, e persegui ideais falhas de sonhos que não faziam parte do que eu me tornei.
È mais difícil ainda confessar, sentimentos como saudade e medo. E sim eu sinto... e sinto muito, mas eu to cansada, e a canseira não os torna irreais. Eu deixei gente preocupada demais comigo, e confessar tudo isso da mais margem pra preocupação.
Perdi pessoas, de formas diferentes, perdi a coragem. Enfrentei as maiores mudanças até agora na minha vidinha colorida, juntas, num espaço preto e branco onde o tempo não era meu amigo, onde eu não tinha tempo nem de organizar meu tempo e tentar refletir sobre.
E eu gostaria de gritar a mamãe muitas vezes (to falando de pedir socorro, arrego, bóia pra não afunda...etc), mas ai que entra o filho da puta do meu orgulho, sim ele e eu, eu e ele, sempre nesta relação complicada, discutindo de forma sutil.
Como eu gostaria de não ser julgada, como eu gostaria de resolver questões delicadas de forma simples, como “Oooo mãe largarei o emprego, porque eu sei que eu acho um bem mais da hora” E como resposta:” Claro, vai lá, que se foda a carteira assinada!!! A faculdade vai ser paga sozinha, as pessoas que você ama te amam muito também, e tentam entender, seu sucesso é garantido rapa!!!”. E toda vez que eu pensasse em pessoas que deixaram a orbita para outra, elas surgissem independente que existam barreiras surreais para tal fato. (eu ri de toda essa vontade, e também ri da argumentação que fiz mentalmente dizendo que eu tenho todos os motivos pra estar com vontade disso, porem não vou postar porque primeiro, eu fiquei morrendo de dó de mim mesma e foi horrível, segundo porque é bom ter alguns obstáculos no caminho e eu não sou mimada e nunca fui pra me conformar em não enfrentar meus problemas tendo privilégios assim).
E voltando a realidade, antes de ser bruscamente interrompida por mim mesma, eu lembrei da conversa com a menina da estrela, acho que foi a primeira vez que me deixei desabar um pouco, e ela me disse que não podia ficar escondendo os problemas, que não precisava me preocupar por não ter sido a melhor amiga, a melhor pessoa. Eu fiz o que pude, e fiz muito bem, e fui forte sim, pois de acordo com ela eu achei uma forma de enfrentar e enquanto eu achava que não estava lutando, eu estava sem perceber. A minha luta era mesmo que tudo me afastasse dos meus objetivos eu corria atrás deles, mesmo que eu fosse perdendo várias batalhas durante isso, eu não desisti. Mesmo que minha vontade fosse durmir, e durmir, eu acordava e corria contra meu tempo escasso. Mesmo quando me viravam as costas, ou achavam que eu simplesmente não me importava eu me importava e fazia o que eu podia pra ajudar (mesmo que o meu muito fosse pouco e em uma energia baixa). E mesmo que eu me culpasse por coisas que estavam alem da minha posição, do meu poder, não me mutilava e chorava pra todo mundo ver, eu aprendia e tentava melhorar...
E eu ri, quase chorando, e ri de coração, e tentei amenizar o choro ao lado, mesmo quando a minha vontade era cair.
Mas ai eu comparo as provas iminentes com o que andou acontecendo, faz sentido. Eu sou uma maricas, mas uma maricas corajosa, sou fraca a beça mas uma fracote forte.
Contraditoriamente, erroneamente ou não...eu sobrevivi..e sobrevivo a cada dia.

2 comentários:

  1. Eu lamento se minha presença em seus pensamentos a faça infeliz em algum momento...
    Eu te amo muito e lutarei ate o fim para que isso não ocorra sempre. Darei o melhor de mim, pois minha maior felicidade e motivo de viver é ver as pessoas que eu amo felizes, você mais do que ninguém sabe disso.

    E você.....

    é a pessoa que eu mais amo.........

    ResponderExcluir