segunda-feira, 27 de julho de 2009

Enquanto isso

Cansada demais para contestar, as pessoas continuam me cansando com sua disputa de egos acelerada.
Decepção já não tem mais gosto nenhum.
Nem do amargo, nem da melancolia, nem do vazio.
Mato minha solidão num súbito afeto patético.
Sempre me exponho excessivamente.
Julgamentos já não me afetam mais.
Toda vez que pratico a sinceridade de sentimentos, me sinto um tanto estúpida.
Manipulam minha virtude mais pura.
Sinto-me um tanto sugada quando falo das minhas maiores verdades.
Ninguém pra confiar, nem para acreditar.
Deixo-me ir demais, me deixo ser também.
Exposta como uma ferida inútil aberta.
Agora você pode usar as minhas confissões da maneira que desejar.
Desapontando-me.
Não será tão difícil assim...
Somente não há mais argumentos.
Posso ser exagerada, com uma dose única de loucura.
Mas isso nem me importa mais.
Nada me importa.
Gritei minhas palavras, estive nua em frente a uma multidão.
Estive mais fraca.
Mas nada disso me importa...
Portanto, esteja à vontade, me desaponte!
Já que nunca soube realmente como se sentir.
Estrague tudo, desperdice sua carência ridícula!
Fuja como um covarde.
Seja solitário, construa sua muralha sob minha ponte capenga.
E isso não me importará mais...
Não deve ser assim tão difícil.

(não preciso nem comentar que o texto diz tudo por mim de mim e da gaota ne manos??ela escreveu e eu me vi, como sempre acontece em ambas as ideias jogadas, tanto as minhas quanto as dela..sem saber a gente sabe e se faz falar pela outra)

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